Qualidade de vida em adultos com deficiência: como desenvolver?

22/01/2021

Por Marina Camargo Barth (Psicóloga - CRP: 07/31975)

Foto: Mulher sentada em uma cadeira, olhando para tela do computador. Ela está com o braço esquerdo levantado copiando o movimento do professor que aparece no monitor.
Foto: Mulher sentada em uma cadeira, olhando para tela do computador. Ela está com o braço esquerdo levantado copiando o movimento do professor que aparece no monitor.

Quando falamos em qualidade de vida, falamos em um conceito que abrange diversos fatores, tais como: aspectos cognitivos, emocionais, financeiros, sociais, recreativos, de alimentação, saúde, atividade física, moradia e trabalho. 

Estima-se que muitos desses aspectos são vivenciados no meio escolar, acadêmico e profissional. 

Entretanto, considerando a realidade de adultos com deficiência, sabemos que muitos não estão incluídos em um círculo social, como a escola ou trabalho, por exemplo.

É importante encontrar outras formas de manter esses indivíduos ativos e desenvolvendo a sua qualidade de vida. 


O indivíduo e seu contexto

Considerando aspectos de diferentes esferas, é necessário que o desenvolvimento

de adultos com deficiência se dê de uma maneira ampla a abarcar todos esses fatores.
Assim, atividades de cunhos distintos podem ser pensadas para que sujeitos com
diferentes tipos de deficiência possam aprimorar diversos potenciais.

A Organização das Nações Unidas considera a qualidade de vida como "a percepção do indivíduo quanto a sua posição na vida, no contexto da cultura e no sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações". 

Assim, considera-se de extrema importância um ambiente integrativo com atividades em grupos que favoreçam a autoestima de adultos com deficiência a partir de trocas com outras pessoas, com ou sem deficiência.

É possível estimulá-los a lidar melhor com suas diferenças sem preconceito, gerando benefícios na sua qualidade de vida.

Foto: No palco de um teatro vemos 7 pessoas com roupas pretas e faixas coloridas na testa. Ao centro a pessoa está em cadeira de rodas.
Foto: No palco de um teatro vemos 7 pessoas com roupas pretas e faixas coloridas na testa. Ao centro a pessoa está em cadeira de rodas.

A inclusão favorece a troca de experiências, estabelecendo laços significativos de amizade, tornando essas pessoas ativas na construção de conhecimentos. 


Modelo biopsicossocial e Qualidade de vida

Uma das perspectivas que colabora para o desenvolvimento íntegro da qualidade de vida é o modelo biopsicossocial. 

Essa perspectiva, considera três aspectos: o biológico, o psicológico e o social.

  • Esfera biológica

A esfera biológica abriga todos os comportamentos e estados de saúde e de doença, que são possibilitados pela estrutura anatômica e pela função biológica característica do corpo de cada pessoa. 

  • Fatores psicológicos 

Os fatores psicológicos também influenciam o bom funcionamento da saúde, isto é, o modo como o organismo de uma pessoa reage a determinados episódios é o resultado da forma como ela os interpreta.

  • Fatores sociais 

Por fim, os fatores sociais referem-se ao meio no qual a pessoa vive, às relações interpessoais que ela estabelece e às influências que recebe no seu ambiente, sejam eles comportamentos, costumes, modos de vida, papéis sociais ou outros.

É importante que adultos com deficiência encontrem atividades que lhes deem prazer, ao mesmo tempo em que socializem com outras pessoas a fim de promoverem trocas mútuas de experiências.  


As deficiências possuem um forte componente biológico que deve ser considerado. 

Entretanto, é necessário observar a inter-relação entre fatores biológicos e psicossociais (psicológico e social) para compreender o desenvolvimento de forma integral. 

Assim, é preciso observar esses três aspectos nas intervenções com adultos com deficiência para oferecer melhores condições para o aprimoramento da sua saúde, das suas habilidades e, o mais importante, sua autonomia.

De maneira geral, considera-se que o comportamento saudável pode ser adquirido por influência do contexto social. 

Ao falarmos de pessoas com deficiência, acredita-se que o apoio recebido por parte dos pares e familiares tem efeito positivo, bem como contribui para a auto aceitação desse público. 
Por outro lado, também podemos dizer que a rejeição ou pouco apoio produz situações de estresse, isolamento e sentimento de inadequação, aspectos esses muitas vezes presentes nas vivências de pessoas com deficiência. 

Você conhece Clube Social Pertence?

Adultos com deficiência também podem se beneficiar do entretenimento e da inclusão social, a fim de desenvolver suas múltiplas dimensões.

Foto: 5 pessoas sobre placas de tatame, com as mãos para cima. no centro um emoji de uma pessoa na mesma pose. No canto inferior o logo da Pertence.
Foto: 5 pessoas sobre placas de tatame, com as mãos para cima. no centro um emoji de uma pessoa na mesma pose. No canto inferior o logo da Pertence.

O Pertence é um clube de socialização para pessoas com deficiência que promove tanto atividades físicas como Dança, Pilates e Capoeira, quanto atividades manuais como Artes e Culinária e atividades culturais como Música e Teatro para promover um desenvolvimento contínuo desse público, a partir da promoção de questões físicas, recreativas e emocionais.  

Esses pilares são operacionalizados por meio de atividades virtuais e presenciais, serviços e projetos diversificados, garantindo a integração e a articulação da aprendizagem por meio de diversas experiências proporcionadas aos participantes.

As atividades desenvolvidas trabalham concentração, foco, raciocínio, criatividade, potencial artístico, habilidades manuais, coordenação, entre outras, para que essas pessoas encontrem seus focos de interesse e potenciais. Também consideram sete grandes pilares, sendo eles: cultura, família, esporte, tecnologia, saúde, trabalho e projetos.

Nesse contexto, as competências e habilidades desenvolvidas no projeto educativo do Pertence, intitulado "Educação Para Inovação Social", consideram uma perspectiva humana, valorizando diferentes maneiras de pensar, agir e realizar, conectando-se com as dimensões sociais e culturais de uma coletividade.


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