Inclusão Escolar: Roteiro para a conversa inicial família e escola
Fabiana Leme de Oliveira
Um grande passo para incluir bem é a parceria entre escola , família e os profissionais que atuam diretamente com o aluno com deficiência ou autismo
Não é um processo fácil e depende da construção de confiança, da troca de informações e do estabelecimento de metas em comum.
Pensando nisso, elaboramos um roteiro com dicas muito importantes para o acolhimento inicial da família na escola.
Estabeleça um roteiro de perguntas para a entrevista com a família. Muitas vezes a conversa pode se alongar ou esquecemos de perguntar informações muito importantes; Como sugestões para roteiros, seguem alguns itens para um bom levantamento inicial:
Pontos importantes:
Pergunte sobre o desenvolvimento do aluno ou aluna - Peça para os familiares, ou responsáveis, relatarem um pouco sobre o período de gravidez, os primeiros anos de vida, o desenvolvimento das habilidades motoras (sentar, gatinhar, andar) e da comunicação e linguagem;
Faça um levantamento sobre as experiências escolares, peça que relatem como foi a adaptação, o acolhimento e o desenvolvimento;
Questione sobre o dia a dia do aluno ou aluna: se é autônomo, se precisa de ajuda em alguma atividade, quais são seus hábitos, preferências, rotinas de sono e alimentação, se tem rotinas fixas, se utiliza objetos como apoio e referência, etc.
Pergunte sobre restrições ou indicações clínicas: alimentares, de atividades físicas, alergias, as medicações que faz uso, se provocam algum sintoma como sonolência ou agitação, orientação em casos de emergência, se aluno não fala ainda, como a família identifica dor ou desconforto, enfim aproveite este contato para aproximar-se da realidade de seu aluno.
Solicite informações e contatos dos profissionais que atendem clinicamente o aluno. Quando for solicitar relatórios, faça por escrito e sempre que possível converse com os profissionais estabelecendo uma troca de informações.
Informe a família, qual é a metodologia e as formas de trabalho da escola, estabeleçam formas de comunicação. É recomendado que a comunicação escola e família não se torne pessoal para evitar equívocos. Utilize os meios comuns a outros alunos (agendas, e-mail, recados no caderno)
Participação e profissionalismo são essenciais:
Priorize a participação do professor ou professora que vai atuar com o aluno ou aluna na conversa de acolhimento da família;
Os profissionais precisam se preparar, eticamente para atuar neste momento com profissionalismo, evite julgamentos morais, intimidação ou expressões preconceituosas ou ofensivas;
Muitas vezes não temos especialização ou conhecimentos anteriores para atuar com o aluno com deficiência, mas evite expressões tais como: "Não sei o que fazer com este tipo de aluno", "não fui formado ou formada para dar aula para pessoas especiais", entre outras. Comunique a família sua formação: tenho experiência com alfabetização, minha formação é em matemática, enfim e a partir deste esclarecimento, poderão elencar formas de colaboração para que você enquanto profissional, desenvolva técnicas para adaptar o seu conhecimento à uma nova realidade;
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